Hoje amanheci super empolgada! Corri como de costume, até a Praça da Liberdade e voltei. Moro pertinho da praça, o apartamento de meus pais fica na Rua Antônio Aleixo, número 40. Demoro mais ou menos 1h30 para ir e voltar. Adoro a Praça da Liberdade. Tudo lá é tão lindo! Quando me mudar com certeza sentirei falta de acordar todas as manhãs e ir correr até lá. Logo depois da minha corrida me aprontei rapinho, pois tinha um encontro marcado às 10hrs com a Érica no seu escritório. O escritório dela fica na Rua Cristovão Colombo, 153. Quando cheguei percebi que Érica estava tão empolagada quanto eu. Agora com as medidas e as idéias organizadas eu e Érica discutimos sobre a decoração do local. Resolvemos que ultilizariamos azuleijos esmaltados em algumas paredes e outras seriam uma composição de tijolo e pintura branca para poder lembrar das casas típicas iranianas. Além disso iremos usar também tapetes para decorar o local. Os móveis seriam todos de madeira e os clientes sentariam em puffes para comer. Ao subir as escadas o cliente irá se deparar com um móvel onde ficam os sapatos, pois nos iraniano não entramos em ambientes de sapatos; a sua direita estaram os banheiros feminos e masculinos; a sua esquerda estará a bancada da recepção e alguns puffes para o cliente esperar sua mesa. Para provocar um certo mistério haverá uma cortina dividindo a recepção das mesas. As mesas serão distribuidas de acordo com contorno do ambiente. Mais a frente ficará um móvel grande onde eu possa guardar meus materiais de Khatam e tapeçaria além dos talheres e pratos para as refeições. A porta a esquerda do móvel é a cozinha e a porta da direita é o meu escritório. Ao subir as escadas para o terceiro andar à direita está um banheiro e a esquerdo o loft com uma bancada com um cook top e um frigobar, uma mesa, cama, sofás e decoração de tapete. Antes de sairmos, Érica me ensinou um poco sobre escala para podermos definir uma para a nossa maquete. Achei interessante, porém, um pouco difícil. Acabamos escolhendo a escala 1/50, pois achamos que ela será ideal para representar tudo que planejamos fazer. Escolhemos os tapetes e os azuleijos a serem usados na maquete. Colocamos tudo em escala usando um programa chamado Auto CAD, que por sinal é muito difícil de se mexer, e depois imprimimos tudo. Depois de tudo acertado fomos comprar os materiais para a execução da maquete. Fomos a uma loja chamada Copiadora Universal que fica perto da Praça Sete de Setembro. Lá compramos, papel calandrado de 20cm na escala 1/50 para representar as paredes, tinta Nankin vermelho, branco e amarelo para pintar a fachada, cola Cascorez, massinha, papel Couché, tinta Guache e arame. Depois de comprarmos tudo retornamos ao erscritório de Érica e iniciamos a maquete. Érica, muito paciente, me explicou tudo passo a passo. Fiquei muito satisfeita, mas estava cansada e percebi o quanto era trabalhoso se fazer uma maquete. Depois de um longo dia de trabalho fui para a casa satisfeitíssima e muito feliz! A maquete ainda não estava pronta faltam alguns detalhes finais, mas já posso vizualizar o meu pequeno centro cultural. Não acredito que isso tudo esteja acontecendo! Liguei para minha mãe, Mirza, para contar sobre meu dia. Estava tão eufórica que não conseguia durmir. Amanhã prometi levar minha mãe para ver a maquete, pois afinal ela também faz parte desse Centro Cultural.
Croqui: Mayron Vitor - Nasrin e Érica
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